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Em 1969, Caetano Veloso foi deportado para Londres.
Em 1971, Roberto Carlos e Erasmo Carlos editaram esta melodia.
Relação entre os dois factos? Muita!
Numa visita relâmpago ao amigo exilado, Roberto Carlos mostrou uma das coisas que estava a compor para um novo disco: "As curvas na estrada de Santos" (que eu e o Júlio Pisa não nos cansamos de cantar).
Conta o próprio Caetano que ao ouvir a nova música do "Rei Roberto", não conseguiu parar de chorar, tais eram as saudades da sua terra.
Ao regressar ao Brasil, Roberto e Erasmos começaram a compor uma música que homenageasse o amigo. Teria de ser uma música que o simbolizasse mas que não desse muito nas vistas. É que, apesar do regime ditador nunca ter tido coragem de impôr censura em Roberto Carlos, não convinha ser demasiado explícito.
Assim, pegando numa imagem de marca de Caetano, os seus caracóis, os Carlos criaram uma mensagem subterrânea.
Convido a redescobrirem esta letra.
Uma nota: ao contar esta história, Caetano disse uma dia que era importante as pessoas conheceram-na para saberem bem "quem é o homem a quem chamam de Rei".
Grandes! Ambos os dois.
Quilombo
(Aldeamento secreto de escravos fugitivos no Brasil.)
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
Morreu há 21 anos.
Sobrevivem-lhe as palavras.
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