Já quase a fechar este dia 25 de Abril, segue um poema de Bocage que bem podia ser um poema do 24 de Abril:
Mote: A morte para os tristes é ventura
Quem se vê maltratado, e combatido
Pelas cruéis angústias da indigência
Quem sofre de inimigos a violência,
Quem geme de tiranos oprimido:
Quem não pode ultrajado, e perseguido
Achar nos céus, ou nos mortais clemência,
Quem chora finalmente a dura ausência
De um bem, que para sempre está perdido:
Folgará de viver, quando não passa
Nem um momento em paz, quando a amargura
O coração lhe arranca e despedaça,
«A morte para os tristes é ventura.»
Também escrevo aqui