No Baile da Dona Ester
Feito a semana passada,
Foram dar com o Chauffer,
A dançar com a criada.
Dizia-lhe ela baixinho
Na prise és bestial.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Chegou altura da valsa,
Exibiu-se o Osório.
De repente cai-lhe a calça,
Rebentou-lhe o suspensório.
Aflito, com a mão na cinta,
Perante o riso geral.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
A Dona Inês sequiosa,
Não resistiu ao Wisky.
E p'ra se tornar famosa,
Quis ir dançar o twisty.
Ao dar um jeito partiu-se,
A coluna vertebral,
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
O Dom José de Vicente,
Que é de S. Pedro da Cova.
Pra mostrar que ainda é valente,
Foi dançar a bossa nova.
Escorregou no soalho,
Caiu, foi pro hospital.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Quando o serviço abundante,
No baile se iniciou.
O Don Grilo num instante,
A alface devorou.
Diz-lhe a Locas ao ouvido,
Pareces um animal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Faltou a luz e gerou-se,
A confusão natural.
E a Locas encontrou-se,
Nos braços do Amaral.
Logo esta grita aflita,
Acendam o castiçal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
Eram pr´aí sete e pico, oito e coisa nove e tal.
(Conjunto António Mafra)