Barroso foi fadado para as andanças europeias.
Para ele não se trata de um mero tacho: é o patamar para o qual tem vocação.
Cavaco, Guterres e Sócrates estiveram todas na alta-roda europeia (e mundial) devido às presidências portuguesas da União. No entanto, a nenhum assentou o fato.
Cavaco é (ou era) pouco dado ao folclore.
Guterres falava línguas (como depreciava Soares) mas ele era o pacóvio que "tratava por tu 6 primeiros-ministros da Europa".
Sócrates é um peneirento, a quem não cabe um feijão onde nem é suposto estar.
Barroso, pelo contrário, é o homem do mundo.
Aquele que estudou em Londres, aquele que (em vários encontros com a JSD) apelava à juventude portuguesa:
"Vão lá para fora! fundam-se com o mundo! deixem que o mundo vos ensine e contribuam para que o mundo também aprenda convosco. Depois voltem e usem a vossa experiência para melhorar Portugal! Mas não esqueçam - tenham experiências lá fora."
Se gostei que tivesse partido?
Não!
Se preferia que tivesse ficado?
Sim, preferia.
Se compreendo que um homem deve perseguir os seus sonhos?
Sim, compreendo. E desejei-lhe boa sorte.
A Europa reconhece-lhe trabalho. Fico contente!
José Manuel Durão Barroso está disponível para novo mandato na presidência da Comissão Europeia. Claro que está. E claro que será reeleito!
Como escrevi no
Psico, num
post pouco consensual, compreende-se que Barroso esteja em boas graças.
Não faz sombra aos estadistas europeus; é reconhecidamente especialista em diplomacia e relações internacionais; tem sentido estratégico para a Europa e Mundo; sabe gerir a equipa.
Para além disso, é poliglota, bem-disposto, um homem do mundo.