(...) Este é um dos meus eternos dilemas: o papel do Estado na Cultura.
“Das duas vezes que fui ao Ministério, tive uma certa ansiedade e expectativa, de que ia encontrar finalmente o senhor ministro, mas encontrava os assessores", disse Carlos Fragateiro na sequência da sua exoneração de Director Artístico do D. Maria.
O Ministro da Cultura não receber o Director do TNDMII é como o PM não receber o Ministro da Cultura.
Estou interessado em saber quem será o sucessor de Fragateiro. Fala-se em Diogo Infante. Como se fosse possível: o rapaz saiu agora da direcção de um teatro não quereria agora meter-se noutro...
Diogo Infante zangou-se com Maria Matos e prepara-se para ir para os braços de Maria Segunda, com o auxílio da alcovitice do Ministério da Cultura.
Não sei porquê, só me consigo lembrar de dois nomes: Rui Gomes da Silva e Fernanda Câncio.
Isabel Pires de Lima, anterior titular da pasta da Cultura, afirmou ao DN que só reconduziu Bénard da Costa na Cinemateca para agradar a Sócrates. Por sua vontade não o manteria no lugar.
Só propus a sua recondução ao senhor primeiro-ministro na sequência de uma atitude normal na vida de um Governo, que é o dever de respeitar a opinião do senhor primeiro-ministro."
Certa vez, Salazar chamou o seu Ministro Adriano Moreira e pediu-lhe que mudasse de política ultramarina. Adriano disse-lhe que era melhor mudar de Ministro. E saiu.
O que faz um Ministro que se limita a cumprir os desejos do PM? Já sei, aguarda pela remodelação...
Ontem estive no Belém 24.
Fiz parte dos milhares que passaram pelo Museu Berardo.
Acho Joe Berardo um produto mediático muito rasca.
O "seu" Museu está mal organizado e algumas áreas contêm erros de palmatória (em iluminação, por exemplo). Foi feito com os pés e inaugurado à pressa.
Porém, proporciona (e ontem isso viu-se) um espaço muito agradável para passeio ocioso. O que tem de bom supera largamente o muito que tem de mau.
Gostei! Viva o Belém 24!
Também escrevo aqui