Ontem, Manuel Alegre afirmou: "é preciso na Presidência da República alguém que não confunda a nação com a economia, que não veja Portugal como um manual de finanças e de economia".
Se Soares a Sócrates, passando por Guterres, tivessem tido mais atenção à economia, não teriam tratado o Estado como pátio do recreio dos seus regabofes.
A esquerda tem pouca consciência: gosta demasiado do caviar.
Barroso foi fadado para as andanças europeias.
Para ele não se trata de um mero tacho: é o patamar para o qual tem vocação.
Cavaco, Guterres e Sócrates estiveram todas na alta-roda europeia (e mundial) devido às presidências portuguesas da União. No entanto, a nenhum assentou o fato.
Cavaco é (ou era) pouco dado ao folclore.
Guterres falava línguas (como depreciava Soares) mas ele era o pacóvio que "tratava por tu 6 primeiros-ministros da Europa".
Sócrates é um peneirento, a quem não cabe um feijão onde nem é suposto estar.
Barroso, pelo contrário, é o homem do mundo.
Aquele que estudou em Londres, aquele que (em vários encontros com a JSD) apelava à juventude portuguesa:
"Vão lá para fora! fundam-se com o mundo! deixem que o mundo vos ensine e contribuam para que o mundo também aprenda convosco. Depois voltem e usem a vossa experiência para melhorar Portugal! Mas não esqueçam - tenham experiências lá fora."
Se gostei que tivesse partido?
Não!
Se preferia que tivesse ficado?
Sim, preferia.
Se compreendo que um homem deve perseguir os seus sonhos?
Sim, compreendo. E desejei-lhe boa sorte.
A Europa reconhece-lhe trabalho. Fico contente!
"António Guterres, pediu hoje à Geórgia e à Rússia que permitam a abertura de um corredor humanitário na Ossétia do Sul".
Volta e meia lemos declarações deste cavalheiro. Normalmente muito previsíveis e em atraso. Guterres é uma exportação portuguesa. Pois é, nem sempre vendemos produtos de qualidade...