A Ordem dos Advogados recusa adopção por famílias onde "um homem faz de mãe e uma mulher faz de pai". Curiosamente, parece não ter problemas com instituições que fazem de “família”.
Por muito respeito que tenho aos assistentes sociais, uma família que nos deseja faz toda a diferença no nosso crescimento saudável e confiante.
Diz a OA que a adopção por casais homossexuais colide frontalmente com o direito das crianças a serem adoptadas por uma família natural", constituída por um homem e uma mulher.
Quando se prefere uma criança institucionalizada em detrimento de uma criança adoptada por dois pais ou duas mães, não se está a pensar nas crianças mas sim em nós mesmos.
Não é o interesse da criança que a OA defende mas sim a sua própria concepção social, embrulhada em preconceito.
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Este é, para mim, um dos mais bonitos poemas em língua portuguesa.
Fala da nossa pequenês, fala da relatividade e de inconsequência.
Ontem, uma Teresa e uma Helena casaram.
Não casaram com um João e um Pedro, respectivamente.
Casaram uma com a outra.
Foram as primeiras a fazê-lo em Portugal.
Ninguém se prejudicou.
Ninguém ficou mais pobre.
Ninguém deixou de ter a hipoteca por pagar.
Duas mulheres casaram uma com a outra o mundo ficou como estava.
Doeu? Hã? Doeu???!!!
Bento XVI está no continente mais afligido com a SIDA.
Em vez de apoiar a investigação de combate à doença, pediu à malta para deixar de pinar.
Não deixa de ser curioso que a Igreja Caviar tenha ido aos Camarões... gozar com a desgraça alheia.
Também escrevo aqui