"A viagem do Elefante", o mais bem-humorado livro de José Saramago.
No final do jogo de ontem, Simão dizia: termos empatado com a Costa do Marfim não fez de nós os piores, tal como os 7-0 contra a Coreia não faz de nós os melhores.
Quanto a Saramago, acho que o facto de ter sido de esquerda não o diminuiu como romancista, tal como o facto de ter morrido não o valoriza enquanto homem.
Cavaco Silva faltou ao funeral do homem mas a Presidência esteve representada no funeral do Prémio Nóbel.
Cavaco Silva não esteve no funeral de José Saramago, mas o Chefe de Estado sim.
Aliás, este acompanhou intensamente o falecimento do Prémio Nobel.
Decretou o luto nacional, escreveu a nota de condolências à família, enviou os seus mais altos representantes ao funeral.
Há momentos em que o cidadão e o títular de órgão público podem ser diferenciados.
Pessoalmente, se se acreditar na projecção da alma post-mortem (não é o meu caso), então Cavaco Silva terá pensado - e bem - que não faria parte da lista de convidados a este funeral se a mesma fosse elaborada pelo defunto.
(também publicado no Psicolaranja)
A SIC passou de 20 mil, para centenasm depois para milhares e novamente para centenas o número de pessoas que esteve no funeral de Saramago.
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