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Terça-feira, 3 de Agosto de 2010

Um poema no feminino: o tempo que isto tem!!!

Se Bocage fosse vivo

E me quisesse retratar,

Saberia melhor eu

Que palavras aqui usar.

 

Mas ele já Bocage não é

E eu Bocage nunca fui!

Conto assim só comigo

Para sair do meu abrigo

E falar-vos de tudo aquilo

Que em mim conflui!

 

Não sou alta nem baixa

Nem gorda nem palita:

Sou a caixa ideal

Para quem lá habita.

 

Sou sempre morena para quem me vê

Com os olhos que traz na cara.

Mas a esperta visão da alma

Dá-me cores diferentes

E muito conforme a calma

Do atento espectador...

 

Há dias de grande brilho,

E por dentro sou um sol,

Mas noutros o negro invade

E fico triste, cansada e mole.

 

Porém nem tudo é de extremos:

Há gradações nesta inês!

Alegria contida, fúria declarada,

Calma pachorrenta, pulsação acelerada!

Amores mais que uma vez

E choros sem porquês!

 

Se o Génio de Aladino

Um desejo me conceder,

A frescura dos meus lábios

Lhe pediria para manter.

 

São quentes e rosados seres

Que anseiam macios prazeres.

E em segredo perguntam à boca:

- De quem será o doce beijo

Que pedem os lábios da

Ironoca?

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uma infusão de Paulo Colaço às 01:29
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Segunda-feira, 21 de Junho de 2010

Precauções alimentares

Era uma vez duas serpentes que não gostavam uma da outra. Um dia encontraram-se num caminho muito estreito e como não gostavam uma da outra devoraram-se mutuamente. Quando cada uma devorou a outra não ficou nada. Esta história tradicional demonstra que se deve amar o próximo ou então ter muito cuidado com o que se come.

(Ana Hatherly)

uma infusão de Paulo Colaço às 21:12
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Domingo, 25 de Abril de 2010

...

Já quase a fechar este dia 25 de Abril, segue um poema de Bocage que bem podia ser um poema do 24 de Abril:

 

 

Mote: A morte para os tristes é ventura

 

Quem se vê maltratado, e combatido

Pelas cruéis angústias da indigência

Quem sofre de inimigos a violência,

Quem geme de tiranos oprimido:

 

Quem não pode ultrajado, e perseguido

Achar nos céus, ou nos mortais clemência,

Quem chora finalmente a dura ausência

De um bem, que para sempre está perdido:

 

Folgará de viver, quando não passa

Nem um momento em paz, quando a amargura

O coração lhe arranca e despedaça,

«A morte para os tristes é ventura.»

 

uma infusão de Paulo Colaço às 22:27
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Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2009

Morreu há 104 anos

 Da minha ingrata Flérida gentil

Os verdes olhos esmeraldas são;
E de cândida prata a lisa mão,
Onde eu dum beijo passaria a mil:
 
A trança ,cor do Sol,rede subtil
Em que se foi prender meu coração,
É d,ouro,o pai da túmida ambição,
Prole fatal do cálido Brasil:
 
Seu peito delicado e tentador
É porção de alabasto,a quem jamais
Penetraram farpões do deus traidor;
 
Mas como há-de a tirana ouvir meus ais,
Como há-de esta cruel sentir amor,
Se é composta de pedras e metais!
 
uma infusão de Paulo Colaço às 00:27
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Quinta-feira, 9 de Julho de 2009

Poética I

De manhã escureço

De dia tardo

De tarde anoiteço

De noite ardo

 

(Vinicius)

 

uma infusão de Paulo Colaço às 17:06
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Quarta-feira, 25 de Março de 2009

Estranha forma de vida

Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.

 

(ouvir)

O Bule: , ,
uma infusão de Paulo Colaço às 01:11
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Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008

Um enigma, um prémio

 

«Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.»

 

Este é um excerto de um poema de António Gedeão.

É dedicado a Galileu.

 

Quem enviar para o meu email (pauloriomaior@gmail.com) a resolução deste quase enigma, recebe um prémio.

(tem de o vir buscar à Punch)

 

uma infusão de Paulo Colaço às 11:43
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Poema do fecho éclair

Filipe II tinha um colar de oiro,

tinha um colar de oiro de pedras rubis.
Cingia a cintura com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.
 
Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.
 
Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.
 
Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
 
Na mesa do canto
vermelho damasco,
e a tíbia dum santo
guardada num frasco.
 
Foi dono da Terra,
foi senhor do Mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.
 
Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safiras, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo,
sem peso bem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
 
O que ele não tinha
era um fecho éclair.

 

(António Gedeão)

 

uma infusão de Paulo Colaço às 11:32
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

Osama Villaret

Um professor de literatura árabe vai publicar poemas de Bin Laden. Flagg Miller descobriu que Laden recitava poesias em festas. "Ele é um poeta habilidoso, com boas rimas e métrica", disse. Estou mesmo a ver o tipo de poemas:

 
Lado a lado, duas torres
Com escadinhas e salas
Direitinhas que metem nojo
‘inda hei-de derrubá-las
 
Naqueles unidos Estados
Tão livres que minh’alma chora
Quero fazer grandes estragos.
Vinde comigo! ‘Bora?
 
É preciso alguém ser
O líder da Jihad!
Se não for eu,
Quem é que há-de?
 
(poema apócrifo de OBL)
uma infusão de Paulo Colaço às 18:42
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Domingo, 17 de Agosto de 2008

Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.

João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

 

Morreu há 21 anos.

Sobrevivem-lhe as palavras.

 

 

uma infusão de Paulo Colaço às 03:18
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